21/10/13

Micro-deuses






A propósito dum “esclarecimento à população de Picassinos” publicado esta semana num jornal que lamentavelmente não respeita nem a memória dos seus fundadores, nem a cidade que lhe dá nome.
 

Quando um responsável editorial se escuda no argumentário da publicidade paga para publicar textos abjectos com os quais diz não se identificar, está aberta não a Caixa de Pandora mas uma fossa asséptica. Na prática o que se diz é que o dinheiro pode comprar espaço supostamente informativo, formativo, de divulgação ou de opinião (responsável), tal qual compra coitos e malabarismos a mulheres de virtudes duvidosas.
Os falsos moralistas são assim, beatos compulsivos hiper-sensíveis ao que os rodeia, mas incapazes de perceber o alcance das suas miseráveis cumplicidades.


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